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Um sistema político mais transparente

O DoubleTree by Hilton Hotel Lisbon – Fontana Park esgotou a sala do almoço-debate promovido pelo International Club of Portugal para ouvir André Ventura, fundador e presidente do partido Chega, falar sobre “Um Novo Sistema Político para Portugal”.

Num discurso nacionalista em que o deputado diz que daria a “vida pelo País” e que o seu partido representa o “cidadão comum” e que “serve o povo e em nome do povo”, afirmou que “é por isso que nos olham de forma diferente”.

Segundo André Ventura, o Chega vem contrariar um Estado que tem um “sistema viciado” e que não vê que a sua “própria sobrevivência” está em causa e que afasta, cada vez mais, “eleitores de eleitos”. Como salientou, num País onde “não se pode utilizar determinadas expressões na Assembleia” está-se perante um “outro problema”: o do “politicamente correcto”.

André Ventura referiu, no entanto, que “não quer acabar com o Estado” mas incrementar “um Estado novo”, ou melhor dizendo, um Estado diferente que corta com o actual paradigma. Um Estado onde a Constituição permite que os “presos trabalhem”, onde existem “penas mais duras”, “um sistema eleitoral mais transparente”, “onde metade do IRS do País não ande a pagar o IRS da outra metade”…

Para o presidente do Chega o “novo modelo económico não está a funcionar bem” e o “País não aprende com os erros”.

Disse que é considerado sempre o “pior da semana” e que será visto como o “pior do ano”, que colocou a “extrema-direita no Parlamento” mas para o próprio estas expressões são sinónimo de que está “a fazer bem o trabalho” e que “se fosse para fazer mais do mesmo não fazia”.

O International Club of Portugal regressa no dia 14 de Janeiro com o orador João Duque, ex-presidente do ISEG e actual presidente do SEDES, que vai colocar em cima da mesa o tema “Tempos de complexidade e interrogações: que futuro para Portugal?”

Foto: Joaquim Morgado